terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Gordura corporal


5%: não é sustentável, força reduzida, sem ganho de músculo, sensação de estar sempre morrendo de fome, hormônios em baixa.

10%: razoavelmente sustentável, força moderada, bom para ganho de músculo, geralmente tem a sensação de estar constantemente com fome, Hormônios em faixa saudável.

15%: Bastante sustentável, força aumentada, bom para ganho de músculo, sensação de ficar facilmente satisfeito (saciado), hormônios em faixa saudável.

Tratam-se de aspectos pontuais característicos de cada percentual de gordura, que são importantes para o entendimento geral. Deve-se considerar que um baixo percentual de gordura (5%) não é sustentável e que a condição apresentada por fisiculturista no palco é somente para o dia da competição (vide as manobras de finalização). Além de insustentável por requerer baixa ingestão energética, também não é saudável devido ao baixo BF que influencia negativamente na produção de hormônios. Quando falamos de fisiculturistas naturais, o ambiente é pior já que não utilizam recursos hormonais exógenos. Por causa da condição física somada à ingestão energética, a força muscular fica comprometida. 

Além disso, não é um quadro propício para ganho de músculo, na verdade, existe um risco aumentado de catabolismo proteico porque a reserva adiposa está baixa. Devido ao requerimento de baixo consumo calórico a fim de manter o BF baixo, costuma-se ter a sensação de estar sempre morrendo de fome  (respostas orgânicas em consequência da condição física e ingestão calórica). 
Portanto, deve-se ter atenção ao percentual de gordura a ser traçado como objetivo. Existem faixas de referência para idade para fins de saúde, quando se fala em estética é outro patamar. Mesmo assim, a saúde tem que ser preservada. De modo geral, os extremos precisam ser evitados: tanto BF muito baixo quanto BF muito elevado, em razão do impacto hormonal em ambos os casos. Importante salientar que alcançar uma meta é relativamente "fácil" quando se compara à manutenção do objetivo. 

Outro ponto de destaque é a análise do BF juntamente aos parâmetros bioquímicos antes de traçar o planejamento nutricional. No que tange à isso, percentual próximo do limite superior é arriscado para um plano alimentar hipercalórico, pois mesmo projetando aumento de massa magra em maior escala, ocorre um acréscimo  na massa gorda em um planejamento com superávit calórico. Dessa forma, o BF inicial deve ser distante do limite superior com o intuito  de evitar uma condição física desagradável após o planejamento, além de possíveis prejuízos metabólicos e hormonais. 

Obs: as imagens são meramente ilustrativas. O percentual de gordura é apenas um dos fatores constituintes de um shape, os outros são: volume muscular, densidade e linha genética. Além disso, precisa-se que comparações sejam realizadas com base na mesma equação de estimativa de BF. Não se pode comparar um indivíduo com % estimado pela equação de Pollock com outro que estimou pela equação de Guedes, por exemplo. Por este motivo, a análise dos milímetros das dobras sempre será superior à porcentagem. 

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