Discute-se sobre uma associação entre dietas baixas em carboidrato e estresse. O argumento se baseia pela secreção exacerbada de cortisol em consequência da baixa glicemia. Entretanto, o processo de manutenção da glicemia em níveis ideais em uma restrição de carboidrato se dá por meio da gliconeogênese. A ativação da gliconeogênese é estimulada pelo glucagon e epinefrina que têm como limiar aproximadamente 67 mg/dl de glicose plasmática, enquanto o cortisol tem um limiar em torno de 55 mg/dl. Com isso, existe uma hierarquia na resposta dos fatores que contrabalanceiam a ameaça de hipoglicemia. Dessa maneira, deduz-se que durante, por exemplo, uma dieta cetogênica (DC) não há um estímulo direto pelo cortisol exceto quando os níveis de glicose no sangue estejam muito baixos, o que poderia causar sintomas hipoglicêmicos.
Os relatos de hipoglicemia em uma DC são raros e estão relacionados a protocolos adotados para epilepsia, principalmente, por causa do uso de período de jejum prolongado e quantidade muito baixa de proteína na dieta. (MITRAKOU, 1991) (OBER, 1997) (O’HEARN, 2012) .
Ao analisar essa associação de uma outra forma, podemos concluir que em casos de indivíduos inaptos a seguir uma DC talvez possa resultar em um estresse decorrente do desejo incontrolável por alimentos ricos em hidratos de carbono. Por esse motivo, precisa-se que o nutricionista analise a aptidão do paciente ao planejamento nutricional a ser adotado, com o intuito de que esteja em conformidade com as preferências alimentares relatadas, condições metabólicas e psicológicas. Pois, dessa maneira, evita-se um estresse desnecessário por causa de uma estratégia nutricional inadequada ao paciente.
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